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quarta-feira, 14 de abril de 2010

NOVA RODADA DE DISCUSSÕES CLIMÁTICAS FIRMA ACORDO VAGO

12/04/10 - 15h24 - Atualizado em 12/04/10 - 15h25

Nova rodada de discussões climáticas firma acordo vago

Da Agência Estado
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A- A+ Delegados que participaram das primeiras conversações sobre o clima após a cúpula de Copenhague, em 2009, concordaram em intensificar as reuniões na tentativa de definir uma solução para diminuir as emissões de gases causadores do efeito estufa. O objetivo maior é estabelecer algum acordo antes da próxima grande conferência internacional, que está marcada para o final deste ano, em Cancún, no México.



O acordo fechado ontem em Bonn, na Alemanha, se resume a um reconhecimento tácito sobre o demorado progresso para se atingir um pacto climático. O acordo foi alcançado após três dias de discussões - às vezes rancorosas - que quase levaram à paralisação das conversações, uma advertência prévia que indica que a divisão entre países industrializados e em desenvolvimento deve continuar a caracterizar as conversações.



Os delegados dos 175 países e organizações participantes passaram a maior parte do tempo em Bonn discutindo questões de procedimento a respeito de como conduzir as negociações pelo restante do ano. Dentre as principais questões está a autorização para que a presidente do comitê, Margaret Mukahanana-Sangarwe, prepare um rascunho de texto para a próxima reunião, marcada para junho, também em Bonn.



Os delegados aprovaram a realização de duas reuniões que não haviam sido previamente agendadas para as conversações de junho, cada uma com duração de pelo menos uma semana. O objetivo é que esses encontros funcionem como sessões de trabalho para que os delegados refinem o esboço antes da conferência de Cancún, entre 29 de novembro e 10 de dezembro. Cada rodada de conversações vai custar entre US$ 3,5 milhões e US$ 7 milhões, dependendo de onde sejam realizadas.



Sobras de Copenhague



O delegado boliviano Pablo Solon disse hoje que estava contente com o fato de o acordo de ontem não fazer menção ao Acordo de Copenhague - um pacto político apressadamente arranjado pelo presidente Barack Obama e uma série de outros líderes ao final das negociações de dezembro.



"Apesar das contínuas tentativas dos Estados Unidos de tornar o completamente inaceitável Acordo de Copenhague a base para futuras negociações, eu estou feliz em dizer que eles falharam", disse Solon em comunicado.



Vários outros países - alguns dentre os 120 que apoiaram o Acordo de Copenhague - reclamaram que as negociações tenham sido realizadas a portas fechadas e manifestaram seu descontentamento com o fato de que as exigências de cortes de emissões sejam apenas voluntárias.



Próximas etapas



Depois da decepção em Copenhague, os funcionários reduziram as expectativas sobre a definição de um acordo final ainda neste ano. "Nós não devemos esperar conseguir as resposta para cada questão em Cancún", disse no domingo Yvo de Boer, secretário da Organização das Nações Unidas (ONU) para questões climática. "A tarefa de lidar com as mudanças climáticas é uma jornada longa e chegar à perfeição exige prática."



Um acordo final deve substituir o Protocolo de Kyoto, de 1997, que limita as emissões de gases de efeito estufa de países industrializados, mas expira em 2012. O novo acordo deve expandir a abrangência do corte de emissões para países de rápido desenvolvimento como a China, que já ultrapassou os Estados Unidos como o maior poluidor dos mundo.

2 comentários:

Marcos Soares disse...

Os interesses conflitantes entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento e o loby das grandes empresas poluidoras do mundo , está atrasando acordos para combater o aquecimento global. A rodada de negociaões recentes em Bonn , na Alemnha , preparatória para COP 16 em Cancun , no México, está ameaçada pela ganância e pela insensbilidade dos países desenvolvidos

Mitchel Kipgem disse...

Concordo com vc Marcos, principalmente na questao onde vc fala da ganancia e insensibilidade das partes. Acredito que para existir sucesso num acordo climatico a nivel mundial, os governos devem deixar de lado as diferencas, esquecer quem polui mais ou quem polui menos ate hj, e pensar positivamente para a frente, adequando e transferindo novas tecnologias limpas para desenvolver os paises. Na minha humilde opniao, nao e' apenas uma questao de benevolencia, mas sim de sobrevivencia. O minimo que o paises deveriam fazer e' realmente deixar claro de quem vai pagar a conta, quais bancos e o montante a ser investido em acoes de mitigacao, e que um orgao supranacional, como a ONU, seja mais eficaz na fiscalizacao dos mecanismos para tal feito!