Fonte: AGÊNCIA Reuters
As mudanças climáticas não estão dando sinais de diminuição apesar do severo inverno na Alemanha que ajudou a reduzir as preocupações sobre o aquecimento global, declarou o Serviço de Meteorológico Alemão (DWD, em alemão).
Wolfgang Kusch, presidente do DWD, disse que foi um erro interpretar o severo inverno de 2009/10 como sinal do abatimento das mudanças climáticas.
“Apesar das flutuações, as temperaturas ainda estão se movendo em uma direção – mais para o alto”, disse ele. “Os pesquisadores climáticos têm que considerar ao menos 30 anos quando falam de tendências...ao mesmo tempo, a última década foi a mais quente dos últimos 130 anos na Alemanha”.
O ceticismo quanto às mudanças climáticas tem crescido no país, um das quatro maiores potencias industriais do mundo, após um inverno excepcionalmente longo e frio no norte da Europa.
Uma pesquisa de opinião do Instituto Infratest na revista Der Spiegel revelou que 42% dos alemães estão preocupados, uma queda brusca em relação aos 62% em 2006. Um terço não acredita que as pesquisas climáticas são confiáveis e um quarto acredita que na realidade a Alemanha lucrará com as mudanças climáticas.
Oficiais da DWD disseram na terça-feira que o aumento das temperaturas na Alemanha pode até mesmo acabar sendo positiva para os fazendeiros locais. Até o final do século eles esperam que o país esteja entre dois e quatro graus mais quente.
“O setor agrícola do norte europeu será um dos beneficiados com as mudanças climáticas”, comentou Paul Becker, membro da diretoria da DWD. “O aumento da temperatura expandirá as suas possibilidades consideravelmente”.
Ele disse que isto levará os fazendeiros a plantar vários tipos de milho. Com invernos mais amenos, diversos tipos de cereais também poderão ser cultivados.
“O fator decisivo será se haverá água suficiente disponível”, disse Becker.
Traduzido por Fernanda B. Muller, CarbonoBrasil
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