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domingo, 2 de maio de 2010

SEMINÁRIO NO NORDESTE DEBATE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O SEMINÁRIO SOBRE Mudanças Climáticas e Impactos Ambientais foi realiza, ontem pela manhã, na Universidade Federal do Ceará (UFC), campus Cariri
ELIZÂNGELA SANTOS
1/5/2010


Seminário sediado em Juazeiro é preparatório ao II Congresso Cearense de Agroecologia, que acontecerá em novembro

Juazeiro do Norte. As consequências das mudanças climáticas no ecossistema e o reflexo disso em regiões como a da Chapada do Araripe e o reflexo na natureza. Esses foram pontos debatidos, na manhã de ontem, na Universidade Federal do Ceará (UFC), campus Cariri, no Seminário Mudanças Climáticas e Impactos Ambientais.

O evento serviu como momento preparatório para sediar o II Congresso Cearense de Agroecologia, que será sediado em Juazeiro, de 10 a 12 de novembro deste ano, e terá como tema principal "Agroecologia rumo ao Desenvolvimento Sustentável". Também houve o lançamento da segunda edição do periódico "Os desafios para a conservação das florestas tropicais", publicação produzida com participação dos estudantes de Jornalismo, por meio do Laboratório Ambiental para alunos de Comunicação, na Floresta Nacional do Araripe.

O encontro reuniu representantes de diversas entidades, entre eles, Anja Czymmeck, da Fundação Konrad Adenauer; professor doutor Ricardo Ness, diretor do Campus do Cariri da UFC; professor doutor Joaquim Torres, presidente do II Congresso Cearense de Agroecologia e professor adjunto do campus Cariri da UFC; e Francisco Campello, engenheiro florestal e assessor técnico do Projeto Conservação e Uso Sustentável da Caatinga, do Ministério do Meio Ambiente/Ibama. Também participaram estudantes, professores e representantes de órgãos públicos.

Segundo a coordenação, o seminário foi estruturado para lançar oficialmente a segunda edição do periódico "Os desafios para a conservação das florestas tropicais" e o Congresso Cearense de Agroecologia, a ser realizado em novembro. Conforme Anja, as reportagens dos estudantes resultaram da realização do Laboratório Ambiental promovido, em 2009, como ação conjunta da Fundação Konrad Adenauer, UFC, Projeto Conservação e Uso Sustentável da Caatinga e a Fundação Araripe.

O chefe da Área de proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA - Araripe),William Brito, foi um dos palestrantes. Ele destacou as mudanças climáticas provocadas nos últimos anos na área da Chapada e o temor é que isso acabe provocando mudanças consideráveis no sistema pluviométrico. "As frentes frias que a gente recebia antigamente no período de inverno estão ficando cada vez mais raras", afirma.

Conforme Brito, essas alterações vão interferir diretamente na quantidade de água disponível para o consumo humano, agricultura, e para uso industrial. São fatores exigentes de uma mudança nos costumes das pessoas, com novas adaptações, para ele, voltados para sobrevivência das pessoas. Ressalta fatores relacionados à pesquisa com genes para a produção de plantas mais adaptáveis ao regime semiárido. Destaca como exemplo a adaptação da soja ao clima tropical. "Em alguns anos, devemos desenvolver culturas para o semiárido, que está se tornando árido", alerta. E acrescenta a tendência da floresta virar serrado e este se tornar caatinga e consequentemente, se não houver cuidado, essa caatinga se tornará deserto.

Fique por dentro
Clima aquecido

Elevação da temperatura, redução das chuvas, aumento da evaporação na transpiração das plantas, fazendo com que os reservatórios de água sequem, faltando o líquido em várias regiões até para o consumo humano. Segundo William Brito, essa elevação de temperatura tem prejudicado a reprodução de tartarugas marinhas, inutilizando os ovos, e também das galinhas, com a desnaturação das proteínas. Isso acontece também com as lavouras, com esterilização das plantas. A causa é, principalmente, excesso nas emissões dos gases de efeito estufa, gás carbônico, vapor d´água dentre outros fatores. Esses gases de efeito estufa impedem que parte da energia que vem do sol retorne, ficando a energia concentrada, que gera, assim, essa mudança climática.

MAIS INFORMAÇÕES
Avenida Tenente Raimundo Neto, S/N
Cidade Universitária
(88) 3572.7200

Elizângela Santos
Repórter

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