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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ENTIDADE ENUMERA AÇÕES PARA PRESERVAR ECOSSISTEMAS

Autor: Fabiano Ávila - Fonte: CarbonoBrasil

Sociedade Ecológica da América (ESA) alerta para a necessidade de criação de políticas para reduzir os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas e manter a capacidade do meio ambiente de fornecer alimentos, água e seqüestrar carbono




Cada vez mais o jogo político e a briga de interesses comprometem a luta pela redução de emissões de gases do efeito estufa e contra o aquecimento global. Reconhecendo esta dificuldade, a Sociedade Ecológica da América (ESA), entidade que reúne mais de 10 mil cientistas, agora quer que os países adotem medidas concretas para preparar os ecossistemas para os impactos das mudanças climáticas.

“As autoridades não podem ignorar os serviços que os ecossistemas fornecem. Se nós quisermos reduzir os danos ao meio ambiente causados pelas mudanças climáticas, nós precisamos começar a tomar medidas imediatas para proteger e administrar nossos ecossistemas”, afirmou Mary Power, presidente da ESA.

Em uma declaração divulgada nesta semana, a ESA apresenta quatro abordagens para a gestão dos ecossistemas visando evitar grandes perdas no futuro:

Priorizar estratégias de pouca alteração. Muitos ecossistemas seqüestram uma grande quantidade de carbono e simplesmente deixando que eles continuem a fazer isto já seria um grande lucro. É o típico caso da preservação das florestas, onde o grande perigo está justamente na ação do homem.

Analisar bem os impactos das estratégias intensivas. Isto é, observar e estudar todos os efeitos de algumas soluções que são sugeridas. Por exemplo, aumentar a capacidade de absorção de carbono por culturas agrícolas. Essa tecnologia requer o aumento no uso de fertilizantes, o que no resultado final pode acabar emitindo ainda mais gases do efeito estufa durante sua produção do que o que vai ser absorvido pelo local onde será utilizado.

Reconhecer os riscos da geoengenharia. A ESA alerta para as propostas de alterar o clima que podem, se não forem bem planejadas, se tornar um problema e não uma solução. Injetar partículas de enxofre na atmosfera, por exemplo, para refletir a luz solar e resfriar o planeta parece uma boa idéia. Porém, essas partículas podem também aumentar as chuvas ácidas e desestabilizar padrões climáticos.

Analisar os riscos de longo prazo. Será fundamental observar as conseqüências das alterações nos ecossistemas, monitorar o carbono que é seqüestrado e desenvolver ferramentas de previsão sobre o futuro deles nas próximas décadas.

Adaptação

Além dessas iniciativas para mitigar as mudanças climáticas, a ESA sugere outras quatro estratégias para a adaptação dos ecossistemas.

Proteger a qualidade e quantidade de água potável. As fontes desse recurso estão sob grande risco em diversas partes do planeta, com temperaturas em elevação secando rios e alterando padrões de chuva. Além disso, o crescimento populacional e o consumo desenfreado são ameaças reais para o abastecimento de água nas cidades. Políticas rigorosas com relação aos recursos hídricos devem ser postas em prática o quanto antes.

Possibilitar a migração de espécies através de áreas de ocupação humana. Criar e manter corredores da vida selvagem através de terras públicas e privadas, para ajudar as espécies a se realocarem devido à transformação de seus habitats.

Melhorar a nossa capacidade de prever eventos extremos. Monitorar os distúrbios e os processos de recuperação em escalas regionais irá ajudar o entendimento e a capacidade de resposta para problemas causados pelas transformações dos ecossistemas.

Administrar de forma colaborativa os ecossistemas. Muitos recursos e serviços naturais, como água fresca, ar limpo e polinização não estão restritos a cidades, estados ou países. A administração deles deve operar de forma integrada e sem fronteiras.

“Mesmo as estimativas mais conservadoras mostram que os sistemas naturais vão experimentar grande estress, incluindo a transformação de habitats e de processos ecológicos. Estas mudanças inevitáveis precisam ser avaliadas e administradas. O quanto antes as estratégias que anunciamos forem implantadas, mais efetiva será a mitigação e menos impacto os ecossistemas e nós mesmos sofreremos”, afirma a declaração da ESA.

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